Perguntas Frequentes feitas por quem NÃO tem um pit bull

03/02/2010 00:11

 

1. O pit bull é mesmo um cão assassino?

De jeito nenhum. Assim como ocorre com outros cães de grande porte, ele é um animal poderoso. Criado com amor e responsabilidade, o pit bull é um ótimo cão de família - inclusive com crianças!

2. É verdade que os pit bulls foram criados em laboratório e foram geneticamente modificados?

Não. O pit bull foi criado através de SELEÇÃO GENÉTICA, que é um processo bem diferente da manipulação genética. A seleção é o processo que tem sido utilizado pelo ser humano há séculos para criar todas as raças de animais domésticos que conhecemos hoje. Este processo consiste basicamente em acasalar, por muitas gerações, animais com características semelhantes entre si e desejáveis pelo ser humano. No caso dos pit bulls, o que se buscou foi força, agilidade, e persistência, entre outras características.

3. Os pit bulls foram criados para matar?

Em termos. Os pits foram criados para matar outros cães, numa prática cruel conhecida como rinha. Todo cão criado para rinha tende a ter um temperamento dominante e agressivo direcionado a outros animais, mas, ao contrário do que se pensa, a docilidade em relação ao ser humano é OBRIGATÓRIA. Atualmente, a prática das rinhas é considerada crime e já está bem menos difundida, mas ainda existe. Uma das maiores lutas dos bons proprietários de pit bull atualmente é para tentar acabar de vez com esse tipo de crueldade, e selecionar animais cada vez mais dóceis em relação aos outros cães.

4. É possível ter um pit bull em casa junto com outro cão ou um gato?

Sim, é perfeitamente possível. A chave para isso é realizar um trabalho de socialização do cão desde filhote, apresentando-o a outros cães e estimulando a interação entre eles. Muitos proprietários de pit bulls possuem mais de um pit bull, ou mesmo gatos ou cães de pequeno porte (como poodles, pinschers, yorkshires, etc.) convivendo pacificamente com o seu APBT. Para facilitar o processo, a castração dos machos antes da puberdade é recomendável. Se possível, os cães devem ser de sexos diferentes, mas isso não é obrigatório. Pessoas que têm dificuldades para socializar seus pit bulls devem procurar auxílio profissional o quanto antes.

5. Por que os pit bulls atacam as pessoas?

Todo cão, de qualquer raça, pode atacar. A diferença é que não só o pit bull, como também cães de utras raças poderosas, têm um maior potencial ofensivo. Isso é: diariamente, centenas de pessoas são atacadas por poodles e pinschers, entre outros pequenos, mas ninguém se incomoda. Já um ataque de um cão de grande porte é sempre chocante e potencialmente fatal. O pit bull apenas tem aparecido mais na mídia porque é o "cão da moda", mas isso não significa que ele ataque mais do que outros cães, pequenos ou grandes. Na verdade, estatisticamente falando, o pit bull é um dos cães que menos ataca, já que foi criado especificamente para não atacar seres humanos.

Mas então, surge outra pergunta: o que leva um cão a atacar? cães agressivos são animais tristes e psicologicamente instáveis. Esta instabilidade emocional geralmente decorre de uma história de abuso ou de um simples manejo inadequado por parte do ser humano. São raríssimos os casos de cães que são naturalmente agressivos. Para o pit bull, esse tipo de agressividade é considerada um defeito tão grande que desclassifica o animal e impede que ele adquira o registro no Kennel Clube, justamente por estar completamente fora do padrão racial.

6. Eu gostaria de adquirir um pit bull, mas tenho medo porque tenho um filho pequeno...

Os pit bulls são ótimos com crianças. Eles são pacientes e resistem bem aos puxões que os pequenos as vezes dão nos cães. Se o seu cão for criado corretamente e seguindo os preceitos da POSSE RESPONSÁVEL, ele será um ótimo companheiro para o seu filho. Não esqueça, porém, da regra de ouro quando se trata de crianças e cães: NUNCA se deve deixar uma criança pequena sozinha com um cão, independente da sua raça, porte, ou temperamento.

7. Eu gostaria de adquirir um pit bull, mas meu parceiro(a) tem medo...

Se o seu parceiro (ou quem residir com você) tiver medo de pit bulls e discordar da sua idéia, vá com calma... Para ajudá-lo(a) a perder o medo, você pode procurar criadores e/ou amigos que tenham pit bulls adultos para apresentar a ele (ela). Se ele (ela) conseguir se sentir confortável na presença dos cães, então vocês poderão discutir a possibilidade; caso contrário, pode ser melhor adquirir um cão de outra raça, ou adotar um SRD (cão sem raça definida). Um proprietário que teme o seu cão é o primeiro passo para tornar um cão agressivo, independente da sua raça ou temperamento natural.

8. O que é pedigree? ele é importante?

O pedigree é um documento capaz de comprovar a árvore genealógica do cão - atestando, portanto, que ele realmente pertence a determinada raça. Apesar de que o pedigree não é garantia de qualidade, ele te dá uma segurança a mais, que é a de que o seu pit bull é de fato um pit bull. Cães que apresentam agressividade direcionada a humanos são considerados como tendo um desvio de comportamento inaceitável para a raça, o que retira o direito destes cães de serem registrados como American Pit Bull Terriers.

A maioria dos ataques a humanos ditos feitos por pit bulls foram, na realidade, feitos por cães mestiços, cães de origem desconhecida, ou até mesmo cães de outra raça que simplesmente se pareciam com pit bulls...

9. Ter um pit bull custa caro?

Ter um pit bull bem cuidado não é barato. Para que ele desenvolva a sua musculatura de acordo com o esperado para a raça, é importante fornecer uma ração de qualidade superior, como as rações premium ou super premium. Além da ração, os pit bulls também precisam receber os mesmos cuidados que todo cachorro precisa: vacinação anual, desverminações periódicas, e acompanhamento veterinário, com um detalhe a mais: um dos problemas muito comuns na raça é a chamada sarna demodécica. A sarna demodécica é uma doença de pele que, diferente da "sarna comum", não coça e não é transmissível a humanos ou a outros animais; por outro lado, essa doença não tem cura, e acompanha o cão durante toda a sua vida. O tratamento pode sair caro, e frequentemente é preciso fazer tratamentos preventivos periódica ou continuamente para evitar novas crises. Por ter um componente genético, adquirir um cão de um criador idôneo pode diminuir a chance de a doença ocorrer.

10. O pit bull é um bom cão de guarda?

Não. Ainda que existam pit bulls que cuidam das suas casas, esta raça não se presta a essa função. O pit bull é classificado como um cão de companhia. Se o que você procura é um cão de guarda, outras raças como o Pastor Alemão e o Rottweiller são muito mais recomendáveis.

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